A dor emocional e física nos permite aprender com nossas experiências e modificar o comportamento futuro. Nociceptores, responsáveis pela sensação de dor, não estão presentes em insetos – cuja expectativa de vida é muito curta para a dor ser útil. Desde que insetos são desprovidos de nociceptores, eles não podem sentir dor.
A dor é uma emoção complexa. É a resposta do nosso cérebro a estímulos negativos, desde um coração partido até uma mão queimada em um fogão. Esta resposta é delineada em uma experiência que nos encoraja a evitar a dor no futuro, e as consequências negativas da dor nos permitem aprender com o comportamento passado.
A dor é útil para os animais que vivem bastante, já que é um fator que contribui para o desenvolvimento dessas vidas mais longas. A capacidade de aprender a partir de uma experiência negativa garante uma maior chance de evitar estímulos ameaçadores no futuro.
A expectativa de vida dos insetos é curta, o que explica a falta dos nociceptores, que enviam sinais para o cérebro que provocam uma resposta dolorosa. Como os insetos não têm nociceptores, ou qualquer equivalente, eles não podem sentir dor. Esta conclusão se estende a todos os artrópodes, que também incluem os aracnídeos, crustáceos e miriápodes.
Observações de insetos parecem corroborar com essa ideia. Um gafanhoto, por exemplo, tentará continuar sua rotina, mesmo enquanto está sendo comido vivo ou torturado por uma criança. Insetos com órgãos danificados tentam viver como de costume, sem mancar ou chorar.
Fonte: loucosporconhecimento.com.br