Por: Pericles Gomes
Escrevo esse texto com
alguns dias de atraso, mas é sempre tempo propício para homenagear aqueles quem
têm por ofício iluminar as consciências, oferecendo a verdade sobre como as
coisas realmente são (obviamente que estou falando dos professores), em outras
palavras, o professor é aquele que foge das aparências e perscruta as essências,
para oferecer aos seus alunos "a água mais límpida possível.
Como no mito ou
alegoria da caverna de Platão, o papel do professor é, de depois de ter
conseguido escapar da cercania marasmática, que impediu de conhecer as coisas
como elas realmente são, retornar à cercania, à caverna, para ajudar os seus
compatriotas a se libertarem, no caso do professor aos seus alunos se
libertarem. Obviamente que por vezes não serão aceitos, pois os
condicionamentos a que seus alunos estão submetidos, os impede de acreditar em
qualquer outra coisa, que não seja aquilo que as sombras que refletem na
caverna. Ainda assim, o verdadeiro professor não renuncia ao seu oficio de
ensinar, de libertar e conscientizar, assim são os verdadeiros professores.
Eu, embora atrasado,
quero agradecer aos meus professores da minha amada terra, a nossa doce
Ibitupã, preciso dizer o quanto as minhas escolas Emílio Garrastazu Médice e
João Manoel da Silva me ajudaram a ser o cidadão que eu sou. As minhas escolas
e meus professores me tiraram da caverna e me mostraram a verdade, com as
limitações e potencialidades de cada um. A todos sou muito grato.
Jamais me esquecerei
das minhas aulas na alfabetização com a professora (quase anjo) Ana Célia,
impossível me esquecer das aulas magníficas de história da professora Maria
(com ela aprendi a rezar a oração do anjo da guarda) como vou esquecer das
aulas do professor Eduardo (até hoje ainda não conheci melhor professor de
matemática).
Minha memória se recusa
a esquecer das aulas de geografia com as irmãs Elvia e Ellen Roberta (esta
segunda nos fez chorar quando foi estudar em Itapetinga), ah as aulas de
Português com a professora Mirian... (ela sempre foi especial para nós, era uma
espécie de mãezona da turma), não quero esquecer das aulas de educação física
com a professora Luzinete (lembro agora mesmo ela dizendo: Pericles não é baba,
é pelada, aprenda a usar o linguajar futebolístico correto), como esquecer das
aulas de inglês com a professora Luciara (ela se esforçava para nos ensinar, mas
a complicação do verbo to be não
deixava). Ainda têm as professoras Elizângela, Graça, Regina, Celina, Rosilda,
professor Jeferson (Pim). Essa homenagem se estende a todas e todos os
professores que não tive a graça de ser aluno: Mônica, Elaine, Lucelmo, Ednaldo,
Dionete, Leila, Sirlandia, Eliêde e os outros que agora me fugiu o nome, também aos
novos professores.
Não posso esquecer das
minhas diretoras, lembro-me sempre da professora Adinamária nos corrigindo
quando fazíamos coisas erradas na escola, todos tinham o respeito gigante por
ela, na época de Élvia era bem tranquilo, sempre muito cordial, depois veio a
professora Selma dirigir a escola e com ela sempre havia um diálogo muito
franco e fraterno. Se fosse descrever tudo o que vivi em minhas escolas eu passaria
muito tempo em frente ao computador escrevendo.
As minhas memórias
estão vivas, guardadas no coração. Muito obrigado meus professores, vocês foram
e continuam sendo referência para todos nós. Ibitupã deve muito a todos vocês!
PS: Os nomes dos
professores que eu esqueci, peço que ponham nos comentários, que eu
acrescentarei ao texto.
Diretor-presidente: Pericles Gomes. Edição e Revisão: Adenilson de Oliveira. Produção Executiva: Jailton Silva Gomes. Direção de Pauta: Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Marketing e Propaganda: Abel Meira Gomes. Colunistas: Pericles Gomes/Leandro Bahiah/Pedro Henrique/Kallil Diaz. Colaboradores: Jamilson Campos/Henrique Alexandria e Josenaldo Jr.