Por: Pericles Gomes
Imagem: Internet
Um amigo de credo protestante através do Facebook, questionou-me: O que você acha, sobre a implantação de culturas religiosas em instituições públicas? Sabendo eu de duas coisas: Primeiro da complexidade do assunto, e segundo de que seria impossível responder num post, algo tão necessário de um justo aprofundamento. Logo, resolvi responder escrevendo mesmo que de maneira um tanto ainda sintética, o que penso sobre o assunto. Vamos lá.
A Laicidade do Estado brasileiro é –usando um termo religioso- uma “benção”( algo que produz gozo, júbilo, felicidade, bem-estar), tendo em vista a multiplicidade de crenças existentes em nosso país, por isso, a laicidade deve ser defendida a todo e qualquer custo. A segunda coisa que precisamos deixar clara é: apesar da laicidade do Brasil, somos um povo crente, e em especial de credo cristão e isso deve também ser respeitado.
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Um amigo de credo protestante através do Facebook, questionou-me: O que você acha, sobre a implantação de culturas religiosas em instituições públicas? Sabendo eu de duas coisas: Primeiro da complexidade do assunto, e segundo de que seria impossível responder num post, algo tão necessário de um justo aprofundamento. Logo, resolvi responder escrevendo mesmo que de maneira um tanto ainda sintética, o que penso sobre o assunto. Vamos lá.
A Laicidade do Estado brasileiro é –usando um termo religioso- uma “benção”( algo que produz gozo, júbilo, felicidade, bem-estar), tendo em vista a multiplicidade de crenças existentes em nosso país, por isso, a laicidade deve ser defendida a todo e qualquer custo. A segunda coisa que precisamos deixar clara é: apesar da laicidade do Brasil, somos um povo crente, e em especial de credo cristão e isso deve também ser respeitado.
Ser maioria não confere ao cristianismo o direito de desrespeitar o credo alheio, justamente o contrário, afinal foi Jesus quem exaltou a fé de um centurião romano, adorador de deuses, e ainda afirmou que em Israel não havia ele, presenciado tamanha fé. Podemos ainda mencionar o elogio feito a cananeia, quando disse ele que por conta da grande fé dela, a sua filha estava curada. Vemos, portanto que o cristianismo é a religião da docilidade e dado a boa convivência, é a religião da fraternidade e que precisa viver radicalmente o que propôs o seu fundador: "Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei". Recentemente tivemos a graça de ver o papa Francisco firmando declaração conjunta com os Luteranos, estes que como sabemos, foram em outras épocas “inimigos”. Ter vivido para ver isto nos enche de esperança. O Ecumenismo é possível!
Dito isto, é preciso se pergunta: E a nossa Carta Magna permite o ensino religioso em escolas públicas? E, de pronto eu respondo que sim. De acordo com a Constituição brasileira e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), desde que não sejam obrigatórias para os alunos e a instituição assegure o respeito à diversidade de credos e coíba o proselitismo, ou seja, a tentativa de impor um dogma ou converter alguém é sim louvável aulas de religião na escola pública. Recapitulando, é sim permitido, mas somente um ensino religioso não confessional, pois somente este é compatível com o Estado laico brasileiro.
É inconcebível, a meu modesto ver e não me preocupo com os que de mim discordam, que uma criança e/ou adolescente, mesmo sem crença, cresça e não saiba quem foi/é Buda, Maomé, Geová, Javé, Krishna, Shiva, Davi, Golias, Adão e Eva, Moisés, Abraão, Pedro, Paulo, Maria, Jesus e etc. Por mais descrente que alguém seja, é inegável que essas são fontes de conhecimentos hostóricas nada desprezíveis. Assim sendo, fica evidente o que penso sobre o assunto, salvaguardados entretanto, esses pressupostos e inferências acima já citados. A função da escola portanto, seria não a de dizer ao aluno qual religião é a melhor e qual ele deveria seguir, mas a de ensinar os fundamentos de cada uma delas.
Que a benção do Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, venha e permaneça sempre em nosso mundo tão marcado pela descriminação e desrespeito, e que ele mesmo nos ajude a nos ajudar e a sermos menos intolerantes. Saravá, Axé, Shalom, Namastê, Amém.
Diretor-presidente: Pericles Gomes. Edição e Revisão: Adenilson de Oliveira. Produção Executiva: Jailton Silva Gomes. Direção de Pauta: Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Marketing e Propaganda: Abel Meira Gomes. Colunistas: Pericles Gomes/Leandro Bahiah/Pedro Henrique/Kallil Diaz. Colaboradores: Jamilson Campos/Henrique Alexandria e Josenaldo Jr.