O Repórter do Ibitupã News, Pedro Henrique entrevistou a senhora Alzenita Silva Teixeira (Nita). A mesma alega que trabalhou no setor de limpeza nas escolas municipais de Ibitupã no ano de 2013. Durante todo ano Nita trabalhou sem o contrato assinado e que na gestão da prefeita Gilnay Santana foi obrigada segundo a mesma a dividir o salário mínimo com outra pessoa. Confira a entrevista.
IN – A Senhora foi contratada para trabalhar no setor de limpeza das escolas de Ibitupã?
NITA – Foi. Da limpeza, mas da limpeza a gente ia pra cantina, nós lavava prato, nós ajudava a fazer merenda... E quando nos terminava nós voltava de novo pra sala pra limpar as salas novamente. Nós batia balde de água de cá da cantina para limpar banheiro lá em cima. Nós foi limpar o campo. Até o campo nós foi limpar... Porque quando falou pra gente do serviço era no colégio. E depois a gente foi pro campo.
IN – E a ordem partiu de quem?
NITA – De Selma, da diretora. É vem dela. E a gente foi despedida do serviço só pra eles. Porque pra gente eles nunca vei e falou pra gente tava despedida, foi passada por isso e por aquilo não. Tive lá matriculando a minha sobrinha e ela nem nada disso me falou. Ela não falou nada com a gente. Não deu satisfação nenhuma, não chamou a gente pra conversar. Foi passado por isso ou por aquilo, ela não falou.
IN – Na época que você fora chamada para trabalhar quem era o prefeito?
NITA – Cornélio.
IN – A Senhora assinou contrato com a prefeitura de Ibicuí?
NITA – Nós assinava quando pra gente só pegar o dinheiro... (referindo-se a comprovante de pagamento).
IN – E na época de Cornélio você não assinou o contrato?
NITA – Não, não assinou contrato... Só na folha mesmo. Então, quando era na época de Cornélio a gente recebia o nosso salário, nós recebia. Agora depois que Cornélio morreu nós não recebeu mais salário nós recebia até duzentos e setenta reais, não foi? Duzentos e setenta e cinco reais, nós recebia quinhentos e pouco pra dividir pra nós duas, eles foram em Ibicuí e falaram isso com nos.
IN - E qual foi à justificativa dada para tal procedimento?
NITA – Nenhuma... E aí nós foi a onde estava Romoaldo, nós correu atrás dele, falou com ele, pediu a ele, falei com ele que a gente tava devendo muito, que eu não tinha como pagar. Eu precisava deste dinheiro como eu tô ainda como eu tô que nem energia na minha casa não tem, nem energia na minha casa não tenho, viu.
IN – A prefeitura lhe deve quanto mesmo?
NITA – Olha, se a gente for colocar tudo no ponto do i tá devendo um mês pelo o menos, porque é, porque a gente trabalhou todo trabalho que ela mandava a gente ia à gente tava rente, a gente nunca desviou de um trabalho. Então em agosto a gente trabalha ou a festa todinha... (referindo a Festa de Largo/2013). Prometeu pagar e até hoje nada pagou. Ante quando foi para começar as aulas já nós começou trabalhando, nós nunca recebeu este dinheiro, nós nunca recebemo... É, é, nos dias das mães a gente trabalhou também.
IN – A Senhora recebia o salário diretamente na sua conta?
NITA – Era na conta. Era. Logo a gente recebia o cheque... Na época de Cornélio, antes a gente recebia ni cheque, é. Ni cheque, a gente assinava. Mas até no mandato de Cornélio também a gente tinha feito o cartão também, aí o dinheiro vinha na conta. Depois que Cornélio morreu ficou vindo assim: ou vinha na conta da minha irmã ou vinha na minha conta pra gente dividir, era assim.
IN – Era dividido um salário para cada?
NITA – Era. Então...
IN – Quem assinava estes cheques?
NITA – Era Romoaldo. Romoaldo. É... E então a gente correu atrás desses dias, fui lá, atrás falei com ele pra gente, que gente precisava deste dinheiro porque eu tenho conta a pagar então ele falava ah tal dia vocês vem que a gente arrumar, a gente ia, tal dia vocês vem que gente vai arrumar, a gente ia. Ah mulher tá viajando, a gente vinha, mas, mas ela tá aí no final de semana, até quando a gente escabreou e não foi mais lá... Eles tinha o direito de pagar tudo. Eu pensava que Romoaldo ia trazer a gente mais se sério, né, ia ter amor por Ibitupã pelas pessoas de Ibitupã... Como nós foi com ele, na candidatura dele. Eu pensava que ele tinha amor, mas ele não tem amor pelos eleitor não. O que era inleitor dele. Ele tem amor, estes que estavam de fora, mas os que tava constante ele, já era, já era.
IN – A Senhora acredita que outras pessoas na mesma situação, ou seja, com salários atrasados?
NITA – Acredito porque o mermo desta situação é as outras também que ficou também sem receber
IN – Alguém ligado ao governo explicou o porquê não ter lhe chamado mais para trabalhar em 2014?
NITA – Não. Nada! Não falaram nada... Somente, somente ele me falou, que disse que me tirou disse que eu sentia uma dor no braço, mas essa dor no meu braço... Só que eu nunca larguei o serviço sem fazer. Eu nunca fui lá... Era eu, é. Mas eu nunca deixei o serviço dele sem fazer... Eu nunca fui lá no médico pedir riquirição médico, vai lá na secretária se tiver lá, pode chamar do que for! Se tiver uma requirição (referindo-se a atestado médico) minha, minha, de Alzenita lá, pode me chamar do que for. Porque eu, graças a Deus nunca deixei o trabalho sem fazer. E nem nunca mandei requirição lá pra eles, não. Pra vim com esta historinha, porque pra mim essa historinha pra boi dormi. Porque isso eu não me conformo com uma coisa dessas! Se eles quer falar, fala de outro modo, agora não fica istuciando não, porque isto foi estuciado... Porque eu nem nunca cheguei lá falando com ele que estava com dor no braço, não, nunca... Mas que dor no braço eu já sentir, mas eu nunca estive lá pra falar hoje eu não vou trabalhar porque eu tô com isso ou com aquilo não. Mas não aconteceu isso, não.
IN – Não deram satisfação?
NITA – Não deram satisfação nenhuma... Com coisa que era algum cachorro que tava lá. Algum cachorro.
IN – O que alegaram para que um salário mínimo fosse dividido por duas pessoas?
NITA – Selma (diretora do João Manoel da Silva) chegou falando pra gente, disse que a mulher ia tirar um bocado de gente, que já ia tirar um bocado. Mas diz ela que ou então deixava só duas ou três, mais pra ninguém ficar desempregado, ela tinha pensado isso, ela tinha pensado pra poder as duas trabalhar e dividir o salário pras duas, aí que nem todo mundo falou mundo falou isso não existe, isso não existe de jeito nenhum... Duas pessoas. Falou isso não existe em canto nenhum... Como é que duas pessoas trabalham por um salário só? Quem já viu? Isso só existe essa em Ibitupã. Porque aqui dentro de Ibitupã... Porque eles falaram em fazer tem que fazer e ficar queto e continuava com aquilo mesmo porque só quer ser o tal, então. Depois a gente dar a resposta melhor e a resposta melhor, agora né, agora é Deus. Porque eu acredito no Deus que um dia ele vá pensar ainda porque é ainda porque é porque Deus estar acima de todas as coisas.
IN – Obrigado pela sua entrevista. Faça um apelo para que a prefeita Gilnay pague o que for seu de direito e fique a vontade para fazer suas considerações finais.
NITA – O que eu quero, é que Gilnay ela tenha consciência, é e passe a comunicar com ele e pague os dias da gente, que a gente tem lá. Porque a gente é humilde, a gente precisa. Eu não fui pra lá trabalhar pra mim engrandecer não. Eu fui trabalhar lá porque eu preciso dos meus dias que estavam lá.
Diretor-presidente: Pericles Kinho. Edição: Adenilson Kbça e Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Produção/Departamento Comercial: Amauri Leão. Direção de Marketing: Abel Meira. Colaboração: Edilene Bahiah, Jamilson Campos, Matheus Lima, Thaylana Santos e Werônica Rios.