Por: Pericles Gomes
São Roque é um dos muitos santos
dos quais sabemos muito pouco. O que se sabe é que nasceu na França, por volta
do ano de 1295, duzentos anos antes da chegada dos portugueses ao Brasil. Não existem grandes certezas sobre a sua vida, a maior
parte dos seus dados biográficos estão envolvidos em mistério. Até o seu
verdadeiro nome é desconhecido, já que Roch (Roque) seria o
seu nome da sua família e não o seu nome de batismo. Morreu com apenas
32 ou 33 anos. Não foi pregador famoso, não deixou nada escrito, não fundou nenhuma congregação religiosa, apenas viveu o Evangelho de Jesus, e isso foi o suficiente para que muitos o amem e lhe tenha singular predileção, dos quais orgulho-me de fazer parte.
É devotado como protetor contra a peste e padroeiro dos inválidos e cirurgiões. A sua popularidade, devido
à intercessão contra a peste é grande, sendo orago de múltiplas comunidades em todo o mundo católico e
padroeiro de diversas profissões ligadas à medicina, ao tratamento de animais.
Dom
Cristiano, bispo emérito de Jequié, nos ajuda com sua reflexão sobre São Roque, assim nos exortou: “São
Roque tem muitos admiradores e poucos imitadores. Muitos pedidores e poucos
seguidores. Seria bom que seus devotos soubessem alguma coisa da vida dele. Era
de família rica, herdeiro de muitos bens. Posso imaginar o jovem Roque a
escolher o seu caminho diante do texto sobre o jovem rico que não teve a
coragem de aceitar o convite de Jesus para deixar seus bens e seguir o Senhor”.
É importante ainda lembrar que a
devoção popular aos santos faz parte da vida da Igreja. E ela é boa e
importante à medida que nos encaminha para Nosso Senhor Jesus. Volto mais uma a
vez a Dom Cristiano: “Não sei se os santos querem ser elogiados e cantados.
Mais que admirados, querem ser imitados. Mais que ajudar-nos a resolver os
nossos próprios problemas, os santos querem ajudar-nos com seu exemplo de uma
vida dedicada aos outros. Mais que devotos aos santos, o mundo quer cristãos
como eles”.
Nos nossos dias são grandes o número
de pestes que São Roque precisa nos livrar e extirpar para longe da nossa gente.
A peste das drogas lícitas e ilícitas que tem destruído vidas e famílias, a
peste da fome que mata todos os dias milhões de irmãos nossos e como disse o
papa Francisco na Evangelli Gaudium: “Nosso Senhor continua nos dizendo: Dais-lhes
vós mesmos de comer” (cf.Mt 14, 13-21), a peste da ganância e da indiferença
que é fruto do fechamento e do egocentrismo. São muitas as pestes e nesse seu
dia, pedimos a São Roque que nos olhe generosamente e como no canto: “leva a
Jesus nosso brado contra o contagio da peste”.
Hoje mais do que nunca, carecemos
da sua intercessão. Por isso, humildemente pedimos e dizemos: São Roque rogai
por nós, intercedei por nós. E Viva São que!
Diretor-presidente: Pericles Gomes. Edição e Revisão: Adenilson de Oliveira. Produção Executiva: Jailton Silva Gomes. Direção de Pauta: Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Marketing e Propaganda: Abel Meira Gomes. Colunistas: Pericles Gomes/Leandro Bahiah/Pedro Henrique/Kallil Diaz e Professor Teto. Colaboradores: Jamilson Campos/Henrique Alexandria e Josenaldo Jr.