No auge da Guerra Fria, a Força Aérea dos Estados Unidos considerou um plano para detonar uma arma nuclear na superfície da Lua. O projeto foi considerado muito arriscado e mantido em segredo por mais de 40 anos, quando o ex-executivo da NASA Leonard Reiffel forneceu detalhes da trama, em 2000.
A corrida espacial teve um papel importante na Guerra Fria – as duas superpotências EUA e URSS estavam competindo pelo pioneirismo espacial. Em 1957, os soviéticos assumiram a liderança quando colocaram o satélite Sputnik na órbita da Terra. Para não ficar atrás, os EUA desenvolveram o Projeto A119, ou “Estudo de Voos Lunares Investigativos”, uma trama para explodir uma bomba nuclear na superfície da Lua.
A Força Aérea dos EUA consultou a NASA sobre a viabilidade do projeto, dirigido por Leonard Reiffel. O então jovem Carl Sagan integrou a equipe responsável por investigar os efeitos teóricos de uma explosão nuclear sob baixa gravidade.
A bomba nuclear que os EUA visava explodir na Lua era do mesmo tamanho e potência daquela detonada em Hiroshima, no término da Segunda Guerra Mundial. A explosão poderia ser vista a partir da superfície da Terra e colocaria os EUA “um passo à frente” da União Soviética naquele momento.
No entanto, os riscos envolvidos no lançamento, bem como a possibilidade de efeitos altamente negativos na Lua (inclusive travando as chances de uma missão lunar tripulada que viria no final da década seguinte) fez a Força Aérea a desfazer seus planos. Devido à Lei de Liberdade de Informação, os planos foram divulgados em 2000, embora a Força Aérea dos EUA ainda negue qualquer envolvimento com o Projeto A119. [The Guardian, New York Times]
Fonte: loucosporconhecimento.com.br
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