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ESCOLA JOÃO MANOEL DA SILVA, IBITUPÃ. |
Conto: Doce Onírico
Autor: Leandro Bahiah.
Imagem: EJMS.
Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais terá sido mera coincidência...
Numa linda manhã, o sol iluminava o horizonte ibitupaense, e o Rio Novo alegremente acolhia os turistas com sua paz costumeira e os pássaros faziam um concerto nas árvores que margeavam a cidade e o rio.
Prorrompi as ruas de Ibitupã contemplativo. A maioria dos jovens encontrava-se labutando na Cana Brava uma fábrica nova que abrira no Bairro Nova Esperança, enquanto, os aposentados contavam causos anedóticos antigos jogando dominó.
Deambulei a João Manoel, avistando o Hospital Jorge Amado, estava tudo tranqüilo. No mais, chegava à sua maioria turista boêmio para tomar glicose resultado dos excessos cometidos na noite anterior.
Passava por mim o transporte da fábrica carregado de artigos produzidos pela mesma em solo ibitupaense. Que orgulho! Os produtos estavam sendo escoados pelas estradas estaduais, estas por sua vez, apresentavam-se em excelentes condições, todas foram asfaltadas pelo governo do Estado da Bahia.
Quando cheguei a Praça Valvy Veiga, Sininho entrava no Posto de Saúde pedindo o reabastecimento do estoque antes que acabassem os remédios, e logo em seguida, o vereador tomava um delicioso café na casa de uma moradora antiga da cidade e esta tercia elogios ao edil:
– Este é o homi... Homi que toma café com povo e anda a pé.
Sininho abria um largo sorriso e sem circunlóquios, rubicundo aos elogios:
– Não tem isso comigo não, dona Gerusa.
O que na verdade não significava nada, contudo, Dona Gerusa gostava da atitude de Sininho e via nele o Salvador da Pátria, um verdadeiro potentado.
Todas as crianças estavam no Colégio estudando e deu para notar do alto da Clemente Mariane, os alunos todos perfilados cantando o Hino de Ibitupã com os lábaros das três esferas federativas hasteadas e todos compenetrados cantavam felizes.
Nas inquietas águas do Rio Novo
Ouvem-se os gritos de emancipação!
E o sol, hoje nasce mais alegre
Já que ostenta com orgulho nosso pendão!
Foi de glórias e de lutas, o teu passado
No presente sempre tem uma mão amiga.
Liberdade!Igualdade Ibitupã!
Um futuro de paz, e de justiça!
Porque o futuro há,
de nos orgulhar!
Porque o futuro há,
de nos orgulhar!
Ó lábaro se encontra já no alto,
Daremos guarida aos estrangeiros.
Antes de tudo, ibitupaense!
Somos baianos, somos brasileiros!
Gigante feito Carcará na seca,
Teus filhos não temem adversidades
Admirando e defendendo sua riqueza.
És forte, és garboso os filhos seus
A ordem e o progresso nos regerão
Viva os desbravadores! Terra de Deus!
A juventude não faltará!
Dos filhos teus lutando a cada manhã,
Terra amada,
Ibitupã!
Que cidade progressista, que povo alentado e lindo! Jovens aguerridos que vira nas coisas lícitas o meio de ostentar suas poucas mordomias, mas, eles são felizes, percebia isto, agora.
De repente, alguém bate na porta. Acordei em uma dessas manhãs qualquer e tudo não passava de um doce sonho, acabando com a minha alacridade.
FIM.
Diretor-presidente: Pericles Kinho. Edição: Adenilson Kbça e Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Produção/Departamento Comercial: Amauri Leão. Direção de Marketing: Abel Meira. Colaboração: Edilene Bahiah, Jamilson Campos, Matheus Lima, Thaylana Santos e Werônica Rios.