sexta-feira, 7 de abril de 2017

JAIR MESSIAS BOLSONARO: A POLÍTICA RETRÓGRADA QUEM O PARIU!

Por: Pericles Gomes
Imagem: Internet.

Jair Messias Bolsonaro é o nome da vez. Odiado por muitos, querido por uns tantos. Louco e vigarista para alguns, santo e profeta para outros. Uma coisa é certa: ele leva a cabo sua agenda e seu nome mesmo atrelado à suas idiotices, o põe no páreo para a corrida presidencial do ano vindouro.

A onda “Bolsomito 2018” invadiu as redes sociais, numa tentativa última de alguns alucinados se verem próximos de seu ídolo. É o que municia seus disparates. Mas é aqui que o caldo entorna… Porque Jair Bolsonaro tem a cara da mãe. Do extremismo/fundamentalismo que impera em nosso momento político. Foi este tipo de política retrógrada quem o pariu…

E, ele não é um fenômeno isolado.

Talvez Bolsonaro tenha ganhado mais espaço por sua desenvoltura teatral e performática, mas o seu conteúdo está recheado de velhos paradigmas que dominam ainda boa parte da política no Brasil e no mundo: fundamentalismo, belicosidade, busca de poder.

Ele tem a proeza te ter seu nome atrelado a casos de homofobia; é entusiasta e defensor do pavoroso golpe militar que maculou a história do nosso país; pratica misoginia, isto é, desprezo ao gênero feminino; é preconceituoso (Quem quiser entender o que estou dizendo procure a fala dele sobre os quilombolas e outros tantos vídeos na internet); é contrário aos direitos humanos e outras tantas sandices que é inerente ao personagem que vestiu e o tem vendido muito bem.

A mãe pode olhar pro seu bebê monstro agora crescido e dizer: “Que trabalho feito com esmero!”

Os vídeos que tanto espantam milhares de pessoas na internet não me assustaram, por um simples motivo: nada, eu disse NADA, do que ouvi Jair Bolsonaro vociferar em suas transloucadas falas eu já não ouvira antes, está tudo presente nas redes socais é só procurar. Faça uma breve pesquisa ao You Tube e veja. Por isso repito: NADA me assusta ou me parece novo!

Existem milhares de Bolsonaros proliferados por aí, dizendo as maiores besteiras em nome de Deus, dos bons costumes e da família, pervertendo a fé singela do povo que acredita neles, explorando a inocência das pessoas, em especial dos jovens… só não se tornaram conhecidos como o insigne deputado. Graças a Deus!

Volto a dizer: Jair Bolsonaro não é um fenômeno isolado… Não é vítima e nem algoz, é só mais um fruto apodrecido de uma árvore podre. Talvez seja, hoje, o filho mais “famoso” dessa política asquerosa brasileira. Mas seus irmãos gêmeos, Aécio Neves e Marco Feliciano (Que alcunhou Eduardo Cunha como seu malvado favorito), continuam ganhando milhões de adeptos e seguidores ensandecidos, que buscam por um messias que os salve (Daí terem dado esse encargo a Jair MESSIAS Bolsonaro). O problema é que esse “salvador” aí anuncia catástrofe e não uma inundação de esperança e equilíbrio que tanto carecemos.

Há esperança? Sim, claro que sim… mas vou tratar disso em outra oportunidade…

Carlos Drummond perguntou e eu o parafraseio: “E agora, José? A festa acabou a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou”... 

Agora… quem pariu Bolsonaro que o balance…


Diretor-presidente: Pericles Gomes. Edição e Revisão: Adenilson de Oliveira. Produção Executiva: Jailton Silva Gomes. Direção de Pauta: Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Marketing e Propaganda: Abel Meira Gomes. Colunistas: Pericles Gomes/Leandro Bahiah/Pedro Henrique/Kallil Diaz. Colaboradores: Jamilson Campos/Henrique Alexandria e Josenaldo Jr.

terça-feira, 4 de abril de 2017

SÃO JOÃO SUNSET: A MEDIDA DA IMPUDÊNCIA.


Por: Pericles Gomes.
Imagem: Rede Social.

Recorrendo ao meu antiquíssimo barsa, encontrei assim definida a palavra pudor: “sentimento de vergonha, timidez, mal-estar, causado por qualquer coisa capaz de ferir a decência, a modéstia, a inocência”. Usei a definição como preâmbulo para dizer como me senti ao ficar sabendo via áudio de WhatsApp e posteriormente consolidada como notícia em um blog, a informação de que o excelentíssimo senhor prefeito de Ibicuí, pensando exclusivamente em nossa cidade tinha de forma impoluta e caridosa criado o “São João sunset”, isto é, o São João do Pôr do sol.

Nas linhas que se seguirá elucidarei o que é o sunset e o porquê da minha veemente inconformidade com ele.

A festa de São João de Ibicuí este ano ocorrerá entre os dias 22 e 25 de junho e o prefeito anunciou uma mudança significativa, “o São João Sunset” no dia 23, é a festa do pôr do sol, já durante a tarde até o surgir da noite, a banda Lordão estará tocando na Praça Régis Pacheco com o “objetivo” de acolher os foliões que irão para o Brega Light, -não é nada desprezível informar que o prefeito é o dono do Brega Light-, pois isso forçará que eles –os foliões- consumam na praça, gerando lucro para os barraqueiros. Vale ressaltar até aqui que se trata de uma boa estratégia para fortalecer a festa da praça; que é a que interessa realmente ao prefeito. 

Logo mais saberão o motivo da minha indignação.

Apesar do assunto não ser nada jocoso, quero contar uma piada para me fazer entender; ela começa assim: o advogado vai ao motel acompanhado da mulher do melhor amigo dele, também advogado. Chegando lá, encontra a própria mulher acompanhada do seu melhor amigo. Ao constrangimento inicial segue a dúvida.
– E agora? O que é que a gente faz?
– O certo seria a gente destrocar os casais e cada um voltar pra casa acompanhado do respectivo cônjuge.
– Sim, isso seria o certo. Mas não seria o justo.
– Por quê?
– Porque a gente tá chegando, e vocês tão saindo.

Sinceramente não sei se o “Sunset” do prefeito vai realmente fazer com que os foliões do Brega Light passem pela praça e lá permaneçam a ponto de consumir e gerar todo esse lucro, a ponto de justificar tal medida nos moldes como foi feita. Perguntei a alguns amigos que assiduamente participam do Brega Light sobre; e as opiniões foram dissonantes. Alguns -dos quais faço parte- acreditam que se o Brega Light começasse como antigamente, às 16:00 e terminasse às 20:00 horas, as pessoas que estavam lá, iriam abissalmente em maior número à praça que os que irão antes da festa começar, como acredita o prefeito. Como ele disse que decidiu pela mudança após cinco meses de pesquisa junto com sua equipe, não há muito o que se discutir.

Imaginemos, pois, que o prefeito esteja certo e que os foliões vão em número gigantesco à praça à tarde. Pergunto: seria justa e ética essa medida? Ela pode surtir efeito positivo na festa do município, mas com certeza surtirá ainda mais no que diz respeito ao Brega Light. Como se sabe, na sexta-feira só é feriado em Ibicuí, sendo assim, muitos trabalham pelo menos até às 16:00, hora essa que comumente começa a festa do Brega Light. A festa sendo mais tarde, possibilita que essas pessoas, em especial das cidades mais próximas venham participar do Brega Light -desafio que me provem o contrário-. Antes a maioria destes iriam para a festa da praça, com a decisão do prefeito irão agora para o Brega Light. Isso é fato. Penso que não há quem disso discorde.

Convido-os ao menos a supor que eu possa estar certo; estando correto faço mais algumas perguntas: Por beneficiar diretamente o prefeito -afinal ele é o dono do Brega Light- não configura uma mistura clarividente entre público e privado? Configurando uma mistura, não seria isso abuso de autoridade? E também falta de decoro? Portanto, passível de punição? Ficam essas indagações à reflexão.

Como estudante de Filosofia e nesse semestre cursando Ética II, é impossível concordar com essa mudança, pois ela fere princípios éticos e morais básicos. Quem quiser entender melhor o que é Ética recomendo os diálogos socráticos escritos por Platão, em especial “A apologia de Sócrates” e “Críton”, e o brilhante livro “Ética a Nicômaco” de Aristóteles, quem o fizer, entenderá o motivo da minha total indignação com o São João do pôr do sol. O chefe do executivo municipal isento para isso fazer, seria louvável, como não o é, considero um escárnio ao município.

É certo que à medida que o governo tomou beneficia diretamente o prefeito Marcos Galvão. Assim sendo, “o São João Sunset” é a mesma coisa que “um pênalti marcado por Eurico Miranda a favor do Vasco”. Não é certo, não é justo, e menos ainda sensato. Faltou quem o aconselhasse. Faltou bom senso, faltou pudor. 

Diretor-presidente: Pericles Gomes. Edição e Revisão: Adenilson de Oliveira. Produção Executiva: Jailton Silva Gomes. Direção de Pauta: Leandro Bahiah. Direção de Arte: Pedro Henrique. Marketing e Propaganda: Abel Meira Gomes. Colunistas: Pericles Gomes/Leandro Bahiah/Pedro Henrique/Kallil Diaz. Colaboradores: Jamilson Campos/Henrique Alexandria e Josenaldo Jr.