Candidatura Popular X Candidatura Burguesa.
rESUMO: Política Ibitupaense: Candidatura Popular x Candidatura Burguesa – discute os conceitos de Populismo e Patrimonislimo no contexto político de Ibicuí, e denuncia a estigmatização das candidaturas populares em benefícios de uma classe média que sempre está no poder municipal. E através das observações empíricas demonstra que as classes populares e de pessoas das chamadas classe letradas defendem uma política contra os próprios interesses do seu distrito e de sua a gente. O presente trabalho dialoga com autores como o sociólogo Jessé Souza, filosofa Marilena Chauí e com o educar Paulo Freire.
Palavras-chaves: Candidaturas. Populismo. Patrimonialismo. Ibicuí. Ibitupã.
RESUMEN: Política Ibitupanse: Candidatura Popular vs. Candidatura Burguesa - discute los conceptos de Populismo y Patrimonio en el contexto político de Ibicuí, y denuncia la estigmatización de las candidaturas populares en beneficio de una clase media que siempre está en el poder municipal. Y a través de observaciones empíricas, muestra que las clases populares y las personas de las llamadas clases alfabetizadas defienden una política contra los intereses de su distrito y los suyos. El presente trabajo dialoga con autores como la socióloga Jessé Souza, la filósofa Marilena Chauí y la educación de Paulo Freire.
Palabras clave: Aplicaciones. Populismo. Patrimonialismo. Ibicuí. Ibitupan.
1 INTRUDUÇÃO.
Ibitupã corre o risco de não fazer um vereador em 2020? Se depender dos ditos políticos ibicuienses, - aqueles que de fato, manda e desmanda na política de Ibicuí, ou seja, aqueles que atuam diretamente no poder, - não. É interessante para os mesmos ter alguém de Ibitupã na Câmara de Ibicuí? É só pensar um pouco e vermos na prática que - não.
Não era interessante que João do Bode ganhasse, e, foi feito um esforço enorme nos bastidores para que isso não ocorresse – inclusive – podemos citar pessoas que apoiaram candidatos de Água Doce. O caso mais emblemático foi o de Amauri Leão, onde pessoas descaradamente fizeram o que pôde para não viabilizar a eleição com anuência de Ibitupaenses.
E agora, tenta de todas as formas inviabilizarem a pré-candidatura de Deilson Souza – o Dei de Regina. Que “personalidades políticas de Ibicuí esteja trabalhando” para que Ibitupã não tenha representante na Câmara – não é preocupante. E, eles irão camuflar esta intensão, já que pode perder capital político, é o fogo amigo - traição costumeira da política brasileira – sempre estão de acordo com as suas conveniências. O que me preocupa são ibitupaenses ditos “esclarecidos” apontando em direção oposta de acordo com os sentimentos de nossos algozes.
2 POLÍTICA IBItupanse.
2.1 Lutas de Classes.
Uma observação empírica da conta desta questão política em Ibicuí. Temos sempre em mente, que, só as pessoas da elite e da classe média são mais capacitadas para ocupar o poder seja ele – executivo ou legislativo. E com isso renega aquelas candidaturas populares como a pré-candidatura de Dei, um exemplo claríssimo.
Isso vem de longe – com a ideia de conceitos uspianos, como patrimonialismo, populismo conceitos trabalhados por pseudointelectuais brasileiros como, Faoro e Holanda. Uma bestialidade, segundo Souza. Nesse sentido levamos em conta que o povo não sabe votar, já que também aqui incute o “jeitinho brasileiro” onde todos nos somos ladrões.
Mas as pessoas de classe média e da elite que possui dinheiro e Capital Cultural já mais são corrompidas ou corruptoras. E a realidade brasileira mostra ao contrário. A maioria dos políticos brasileiros são ricos – e mesmo assim tem corrupção. Na iniciativa privada é assim também – citemos Odebrecht, Camargo Correia, Mendes Jr e grandes empresas Transnacionais todas envolvidas com corrupção. Conclusão – os ricos são os que mais roubam, então, na hora que for votar pense nisto.
2.2 Meritocracia.
Aqui temos esta bobagem do pensamento do Neoliberalismo, onde você é considerado empresa, e desconsidera a luta de classes, parte da premissa que todos somos iguais e se você não se deu bem na vida – fora porque não se esforçou. O que é imbecil – alguém tenta colocar na sua cabeça que a causa da sua pobreza fora culpa sua e não de uma elite e de seus representantes no poder que abandonou esta classe por séculos como, por exemplo, os afrodescendentes depois dos 13 de maio de 1888.
Seguindo este raciocínio: suas bisavós e avós que trabalharam uma vida inteira e no fim da vida tiveram uma aposentadoria pífia – que mal dava para pagar os remédios, e, alguns com mais de trinta anos de serviços conseguiram comprar uma casa simples. Agora, seus avós morreram pobres por quê? Será que fora por que eles não trabalharam duros – não esforçaram-se o suficiente?
[...] midiatização da sociedade inteira, a perda de referência de classe social, o individualismo competitivo, a privatização de todos os direitos e a ideia de que se você consegue todos estes elementos, como empresa de si próprio, você entrou no campo da meritocracia. (CHAUÍ, 2017).
E você vai acreditar numa baboseira desta? Para Souza (2015), isso já é predeterminado desde a barriga da mãe – é questão de qual classe você pertence. Isso é discurso da elite e da classe média tentando colocar culpa do seu fracasso secular, enquanto invisibilizam a luta por recursos escassos - onde "todos são empresas de si" Chauí (2017).
2.3 Candidaturas Populares.
Aposto nas candidaturas populares, o povo sabe escolher, o que acontece é que quase sempre os mesmos são manipulados pelas mídias e pela elite que compra ou são donos da mídia para "continuar ganhando e roubando o Estado" Souza (2015) e culpando o povo que não tem “capacidade para escolher” ao tempo que são manipulados per seus líderes. E depois, culpa este mesmo povo por seu fracasso. E mais, são contra as cotas, já que no pensamento dos mesmos todos estão em pé igualdades e de oportunidades.
Neste sentido, sou defensor das candidaturas populares, no sentido que estes pré-candidatos sabem a necessidade do povo, passa e já passou por todas as questões que afligem nossos “subcidadãos”. Não aposto em forasteiros, por mais bem intencionado que seja – entretanto não tem vínculo ou conhece a realidade de Ibitupã.
2.4 Professores (as).
Imagine você professor que acredita na premissa de Freire (1987) que "educação muda pessoas e que pessoas transformam o mundo". Na sala de aula estimula seus alunos a estudarem a fazer faculdade porque eles são capazes – basta esforçar-se. Só a educação e a criticidade é um meio eficaz de um individuo exercer sua cidadania plena.
Toda prática educativa demanda a existência de sujeitos, um que ensinando, aprende, outro que, aprendendo, ensina, daí o seu cunho gnosiológico; a existências de objetos, conteúdos a serem ensinados e aprendidos; envolve o uso de métodos, técnicas, de materiais; implica, em função de seu caráter diretivo, objetos, sonhos, utopias, ideias. (FREIRE, 1997, p. 77) apud (DIAS, 2013, p. 25).
Mas na prática: você faz ao contrario, apoia e vota em candidaturas na elite quiçá inconsciente. Rejeita as candidaturas populares por achar que os mesmos não tem capacidade ou pasmem – com receio que os mesmos sejam corruptos. E os da classe média, não pode se corromperem? Qual é a mensagem que você passa para seus alunos de escola pública? Que são formados pela sua maioria pela “ralé” e da classe popular. E ralé é apenas uma provocação e não uma ofensa como conceitua Souza (2015).
Aqui, podemos notar: a luta de classe e a luta por Recursos Escassos. Qual é o professor (a) que ganhando mais em relação à classe trabalhadora precarizada – já que a classe precarizada é que vende sua força de trabalho (braçal). O professor (a) vai querer que seus filhos no futuro esteja pelo o menos no mesmo padrão social da qual hoje são pertencentes? Obvio que – sim! Todos vão almejar isto 24 h.
Eles vão pagar o cursinho dos seus filhos, a quitinete e vai pressioná-los a entrar numa faculdade, formar-se, e por fim, conseguir um ótimo emprego seja no Estado ou na iniciativa privada. Mantendo-se na mesma classe da qual são pertencentes ou subindo um degrau na escala social.
3 CONSIDERAÇÕES finais.
O que existe são lutas de classes – onde todos que se manter ou subir na escala social e lutar por recursos escassos, e por isso, estigmatizam, ou seja, não dar créditos as candidaturas populares sérias e que tem muito a contribuir representando os seus "subcidadãos". Neste sentido incute a ideia da meritocracia e que os ricos (burguês) por ter dinheiro é impossível de serem ladrões – corruptos.
E se os ibitupaenses, os "esclarecidos", manipulados ou até mesmo conscientes defende, vota e manipula pessoas a votarem contra os próprios interesses do seu Distrito e da sua gente – o que são imperdoáveis – . E depois reclama porque Ibitupã não teve ganho político? A única opção: Burrice. Outra hipótese – lute pelos seus interesses o que é compreensível – já que isso é própria da classe média.
Nos últimos três anos, o único Distrito que teve ganho político – com construção de quadra poliesportiva e abastecimento de água tratada fora Água Doce – é fato. Não discuto o mérito ou merecimento – é o dado concreto da realidade. Ibitupã perdeu por quê? Talvez, porque em Água Doce não tenham pessoas lutando pelo fracasso e dependência do seu distrito. Porque Ibitupã em importância política com todo respeito aos irmãos água-docenses não deve em nada.
Corremos o risco de não termos vereador de Ibitupã em 2020? Se continuarmos trabalhando contra os nossos interesses e apoiando os políticos ibicuienses - temos grande chance. Inclusive com apoio de pessoas que são dignas de serem chamadas de "esclarecidas", letradas ou algo que o valha.
Referências Bibliográficas.
FERREIRA, Aurélio B. de Holanda 1910-1989: Miniaurélio Século XXI Escolar: O minidicionário da língua portuguesa. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira; coordenação de edição, Margarida dos Anjos, Maria Baird Ferreira; lexicografia, Margarida dos Anjos... [et al.]. 4. ed. rev. ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
SOUZA, Jessé. A Tolice da Inteligência Brasileira: ou como o país se deixa manipular pela elite. São Paulo: Leya, 2015.
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