terça-feira, 18 de junho de 2013

GILNAY SANTANA É EMPOSSADA PREFEITA DE IBICUÍ


Na noite passada dia 17, às 20:00 hrs Gilnay foi empossada e é oficialmente a prefeita de Ibicuí.

Devido os festejos juninos e dando a relevância deste evento, o presidente da Câmara de Vereadores, Onildo Júnior convocou sessão extraordinária e empossou Gilnay Santana (PTN) como nova prefeita de Ibicuí.

Em Ibicuí a comoção é grande após a morte do ex-prefeito Abel Cornélio (PDT), que dedicou-se com afinco até enfim ser eleito prefeito de Ibicuí. Ele é o primeiro da história de Ibicuí a ter o seu mandato interrompido pela morte, quase seis meses depois de assumir a prefeitura, a morte não lhe deixou exercer o seu mandato. 

Nós do IBITUPÃ NEWS, nos solidarizamos com a família enlutada e pedimos a Deus que conforte os vossos corações. E desejamos a Gilnay, primeira mulher
prefeita de Ibicuí que faça um bom trabalho a frente do nosso Município e que o seu mandato seja pautado no diálogo, no entendimento e que sobretudo Ibicuí, Ibitupã, Água Doce e toda a zona rural esteja sempre em primeiro lugar no seu governo.

Artigo: Pericles Kinho
Produção: Leandro Bahiah
Redação: adenilson (KBÇA)

MINHA HISTÓRIA - THAUANE FERREIRA DE MEDEIROS. ESTEVE NO PROGRAMA DO JÔ DIA 17 DE JUNHO

A gaúcha Thauane de Medeiros aprendeu a jogar xadrez com oito anos e aos dez foi vice-campeã brasileira de sua categoria. Aos 16 anos, mudou-se para São Paulo e hoje vive do xadrez com o apoio de Mogi das Cruzes. Vende os livros que escreve sobre o jogo na Paulista para complementar sua renda e sonha em ter uma escola de xadrez para crianças. Em setembro de 2011, ela enfrentou o campeão mundial Garry Kasparov. (Jovem, que para viver do xadrez vende livro, conta sobre desafio de 1 hora e 40 min com mestre do esporte).-
Jamais imaginei que um dia iria conhecer Kasparov. Ainda mais jogar contra ele, apertar a mão dele. É um dos melhores jogadores de todos os tempos, super frio, tático, estratégico. Ele tem um pouco de tudo. Foi super legal estar frente a frente com um ícone do xadrez.
Cheguei a pensar que poderia empatar com ele, porém cometi um erro, e ele conseguiu centralizar o rei e capturar meus peões. Foram 48 lances, 1 hora e 40 minutos.
Era uma simultânea contra 20 pessoas, eu fui a penúltima a sair. Poderia ter ficado muito mais, ter sido a última, mas, como eu era a única que jogava profissionalmente, eu não fui até o xeque-mate. O jogador profissional sabe quando está perdido e, por respeito ao adversário, abandona.
Vivo do xadrez desde os 16 anos, quando vim para São Paulo. Uns amigos me disseram que algumas cidades aqui pagavam para você representar a cidade em torneios. Antes eu já representava Florianópolis, onde morava com minha família, mas por amor, não ganhava nada.

Em São Paulo, consegui apoio de Mogi das Cruzes. É uma bolsa, não dá para tudo, então comecei a vender meus livros na avenida Paulista para conseguir dinheiro para participar de torneios.
Quem me deu a ideia foi um amigo, que vendia livros de poesia. Primeiro, fiz um CD sobre xadrez, contando a história do jogo, os movimentos das peças, algumas partidas importantes. E contava um pouco também sobre mim.
Aprendi a jogar aos oito anos. Meu cunhado me ensinou, mas em pouco tempo eu estava ganhando dele. Então fui para uma escola que tinha xadrez, para me desenvolver.
No primeiro campeonato, fiquei em quarto lugar; no segundo, fiquei em terceiro e, na terceira etapa, fui campeã.
Aos dez anos, fui vice-campeã brasileira e disputei pela primeira vez um torneio fora do país, o Pan-Americano, em Bogotá, na Colômbia.
Minha mãe me acompanhou, lembro a felicidade dela ao subir no avião. Ela jamais imaginava andar de avião e muito menos sair do país!
Hoje sou a campeã brasileira sub18 e sub20, no feminino. Representei o Brasil no Mundial sub20 na Grécia, em 2012, mas não me saí muito bem. Preciso estudar mais, mas ter um professor é muito caro.

Vendo os livros no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), às quartas e de sexta a domingo, das 9h ao meio-dia. É um trabalho difícil, você ganha muitos "nãos", às vezes, é perigoso. Tem bêbados, drogados, já roubaram meu celular, uma mochila com 40 livros...
Foi por causa do meu livro que enfrentei o Kasparov.
Estava vendendo na fila do museu e um senhor se interessou pela minha história, disse que tinha um projeto em que poderia me encaixar.
Era o Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Fui ajudar os alunos do Sesi com xadrez, fazendo simultâneas e dando palestras. Acabei jogando contra o Kasparov em setembro de 2011.

Fonte: FOLHA DE S. PAULO