terça-feira, 31 de dezembro de 2024

CARTA ABERTA AO PREFEITO DE IBICUÍ, SR. MARCOS GALVÃO.

Por: Leandro Bahiah.
Imagem: Rede Social.

É chegada a hora de trilhar por outros caminhos, seja na política ou na vida empresarial privada. Mas sempre com o povo, com o seu povo, pois essa é a vocação de todo líder que almeja fazer o necessário e até o impossível por um povo. 

Cheguei à Ibitupã em meados de 1997, aqui, despertei política e artisticamente. Já vi muitas mazelas, falta de vontade política e promessas vãs. Essa indignação nos levou à criação de um grupo político sem “bênção” dos ditos donos da terra. Do qual tenho orgulho de fazer parte e que jamais abandou suas bandeiras, seja nas derrotas ou nas vitórias. 

Na esteira de políticos comprometidos com o bem-estar da sua gente, salário em dias dos servidores e sensibilidade política do construir, isso foi graças a mentalidade implantada a partir de 2003 com a chegada de Lula ao poder, e um representante desse seguimento político foi o prefeito Marcos Galvão.

Lembro-me de que muitos servidores e servidoras já tiveram os seus soldos negados, um direito basilar para quem trabalha, negado criminosamente, digo com propriedade, ao ser uma das vítimas. Ibitupã, hoje, tem ruas calçadas, água tratada, praças revitalizadas. Como pode um prefeito ter feito isso tudo, algo que parecia impossível, e seus antecessores, não? Vontade política é a resposta. 

Mas não se engane, os chefes de governos precisam ser do campo político que goste de pobres, que cuide de gente e que acredita que a política e a democracia sempre são a melhor saída para qualquer imbróglio. 

Permanecemos atentos, vigilantes e amando nossa gente, respeitando os diferentes numa relação republicana onde não há inimigos, no máximo adversários. No entanto, não podemos tolerar ideias neofascistas e neonazistas, pois aí estaremos dando munição para sermos aniquilados, uma ameaça à existência de raças e credos. 

Marcos Galvão, um dos prefeitos mais competentes da história de Ibicuí, soube honrar e valorizar a chance de gerenciar uma cidade como Ibicuí, a capital do forró, assim como muitos outros tiveram a chance. Certamente, todos os seus antecessores deixaram seus feitos, porém não podemos ignorar suas falhas e equívocos para sermos justos com os administradores que governaram com honestidade e consideração pelos servidores. 

Felicidades sempre, saúde, que boas ideias surjam e sejam concretizadas, e que nunca se esqueça de sua gente, especialmente daqueles que não têm voz e têm muita fome, fome de justiça e oportunidade. Obrigado!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

EM 2025, LEANDRO BAHIAH LANÇARÁ O LIVRO "DUDA: O ACASO NOS GOVERNA".


O LIVRO DEVERÁ ESTAR NA PLATAFORMA AINDA NO PRIMEIRO SEMESTRE.

 

Foto: Fábio Kalill.
Texto: Edilene Bahiah.

Após o sucesso de “Duda, Muito Prazer!”, o escritor Leandro Bahiah lançará, em 2025, o segundo romance da trilogia. Inicialmente, “Duda: O Acaso Nos Governa” será publicado na Amazon em formato digital. Quando questionado a respeito do livro físico, Leandro respondeu que: “Tem dois motivos, um é o custo e um retorno muito baixo para o escritor. Temos uma geração que aceita muito bem a questão do livro digital pela facilidade, e o outro, e não menos importante, é a conscientização pelo meio ambiente sustentável, é menos árvore cortada”. Durante as férias, esses livros são uma boa pedida. Relaxe. Coloque o cinto e embarque no mundo mágico de Leandro Bahiah.


Até o final de 2025, está prevista a publicação de mais dois livros, uma peça teatral,
“Os 7 Suspeitos” e o terceiro livro da trilogia, com o título provisório de “Duda: E as Amargas Lembranças do Corre”. “É um livro para quem tem estômago forte”, disse Bahiah sobre este terceiro livro, que teve um ótimo feedback, segundo o escritor. O terceiro livro da trilogia foca na Rua do Corre Gritando dos anos 70, 80 e 90. Devido ao sucesso do primeiro livro, com uma pegada mais hot, o autor foi provocado pelos amigos e fãs a escrever o segundo livro, que foi concluído em meados de 2021, que embora seja ainda hot, aborda questões políticas e crítica social. Já em 2024, Leandro finalizou a trilogia com “Duda: E as Amargas Lembranças do Corre”

O primeiro livro, “Duda: Muito Prazer!” tem uma narrativa ágil, centrada no mundo mágico do circo e na rotina pacata de uma cidade de interior que leva a Professora Duda a se apaixonar pelo mágico Raianderson, o único problema: ela é casada. O livro se encontra disponível na plataforma da Amazon com um preço simbólico. “Eu escrevo, para entreter as pessoas e provocar uma reflexão, ganhar dinheiro com venda é consequência. Para mim, receber,criticar e elogios, ou seja, retorno sobre um livro meu, é algo que não tem preço”, salientou Bahiah.

Em 2024, Leandro Bahiah foi um dos organizadores do Projeto Literatos do Futuro, conjuntamente com as professoras Maria Clímaco e Eliêde Gomes, que teve como consequência positiva a obra “Amores de Poetas” que pode ser também adquirido através da Amazon em formato de Ebook. “Este ano que vem creio que será promissor, e aproveito para agradecer a cada um leitor e leitora que me deram a honra de ler o meu livro”, finalizou o escritor.

O seu primeiro livro teve critica positiva, a primeira, foi feita pela bibliotecária Vanessa da página Tercendo a Literatura e a segunda foi realizada por Natália Balbina adm da pagina Cem Livros.

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

CONHEÇA OS ALUNOS DO NONO ANO QUE PARTICIPARÃO DO PROJETO LITERATOS DO FUTURO

Por: Leandro Bahiah

Fotos: A.P.

A obra “Amores de Poetas” integra o PROJETO LITERATOS DO FUTURO, concebido pela professora de Língua Portuguesa, Eliêde Gomes Pereira, com coordenação de Leandro Bahiah e Maria Clímaco Xavier


Os estudantes do 9º Ano da Escola Municipal de 1º Grau João Manoel da Silva criarão os poemas, que serão selecionados, revisados e publicados tanto em formato físico quanto em e-book. A culminância do projeto ocorrerá com uma noite de autógrafos no auditório das Escolas Municipais de Ibitupã.

Durante o evento, os livros estarão à disposição e serão vendidos para a comunidade escolar: funcionários, professores, estudantes e os pais. Este evento também será considerado Atividade Avaliativa para a terceira unidade nas disciplinas de Arte e Língua Portuguesa.


BIOGRAFIAS DOS POETAS

Laura Cavalcanti Ribeiro nasceu em Ibirataia, Bahia, no dia 2 de junho de 2010, portanto, atualmente tem 14 anos. Ela está cursando o nono ano do ensino fundamental na Escola João Manoel da Silva, localizada no Distrito de Ibitupã.

Embora ainda esteja na adolescência, ela expressa sentimentos e delicadeza em seus versos, sendo por isso conhecida como a poetisa da sensibilidade, pois em grande parte de sua obra, ela aborda a temática do amor. "Adoro viajar e me arrumar", declarou Laura Maria, e acrescentou: "assim como criar meus poemas".

Como aluna dedicada, ela possui todos os atributos para prosperar na carreira literária.

 

José Antônio Menezes da Silva, é filho de Zelinho Amaro e Maria Conceição, nasceu em 9 de janeiro de 2007. O jovem capricorniano tem uma inclinação natural para as artes, tendo atuado como ator amador em peças teatrais e liderado grupos em gincanas escolares.

Sua paixão também se estende à literatura, particularmente à poesia, área na qual já compôs diversos poemas. Conhecido como o poeta romântico, José Antônio afirma: "Eu coloco verdades, ou melhor, sentimentos nos meus poemas". Atualmente, ele está no 9º ano na Escola João Manoel da Silva.

Além disso, o jovem ipiauense tem interesse por esportes, especialmente futsal, mas é no xadrez que ele realmente brilha.

O futuro promissor de José Antônio depende unicamente de seu próprio esforço e dedicação.


Davi Santos Alves nasceu em Ipiaú, Bahia, no dia 25 de agosto de 2009. “Meu pai é Antônio Carlos Alves dos Santos e minha mãe, Rosângela Rocha dos Santos”, declara orgulhosamente o poeta.

Aluno do 9º ano da Escola Municipal de 1° grau João Manoel da Silva, Davi Santos diz com satisfação: “Ainda vivo no lugar onde cresci”, conhecido também como o poeta ecológico, sugerindo que, quem sabe, ele possa ser um novo Manoel de Barros no futuro.

Com o Rio Novo e o meio ambiente como fontes de inspirações, foi natural para o jovem poeta abordar temas ecológicos, como as queimadas na Amazônia e a preocupação com a poluição do planeta Terra.


Carlos Henrique Gonçalves Goes nasceu em Ibicuí/BA, em 4 de agosto de 2009, completando 15 anos este ano. "Meu maior sonho é ser jogador de futebol", afirma Carlos Henrique, um sonho que também era do seu tio, o professor Ednaldo José.

O tio foi um marco em sua criação e um exemplo para a comunidade de Ibitupã. A antiga Escola General Emílio Garrastazu Médici, agora, leva seu nome, uma homenagem merecida. Infelizmente, o professor faleceu.

Carlos Henrique é o jovem que expressa sentimentos em seus poemas e critica as tendências superficiais e destrutivas da atualidade, dizendo: "Não preciso me drogar para ser um gênio", referindo-se à falsa sensação que as drogas provocam. 

Dedicado aos estudos, Carlos Henrique, o 'jogador poeta', vive entre as distrações da era moderna como milhões de jovens, porém, sem perder sua essência e com sua criticidade.


Tirza Nascimento de Souza, de 17 anos, é filha de Viviane Nascimento de Souza e neta de Maria Marta de Souza. "Amo viajar para lugares turísticos e aproveitar a vida como se não houvesse amanhã", disse Tirza. Ela também declarou: "Meu maior sonho é ser uma médica renomada e ter uma vida de sucesso".

Cursando o 9º ano do Ensino Fundamental na Escola Municipal João Manoel da Silva em Ibitupã, Tirza aprecia uma frase de incentivo para nunca desistir dos sonhos: "Na vida, tudo tem seu tempo determinado; apenas não desista, não se desmotive. Se cair, levante-se; se não deu certo na primeira vez, tente novamente. Dê um passo de cada vez, que certamente chegará ao seu destino e realizará todos os seus sonhos".

Seus poemas transmitem sensibilidade e carregam sentimentos em cada verso, dispostos delicadamente em estrofes esteticamente harmoniosas.


Henzo Maurício Barreto Cajá, além de sua paixão pelo futsal, tem um apreço pela expressão poética. Nascido em 19 de maio de 2010, em Ibicuí, Bahia, é filho de Neyla Cajá e neto de Fátima Barreto Cajá e Cide Reis. Henzo une sua dedicação ao esporte com uma sensibilidade artística, que ele expressa através da poesia.

Os poemas possuem uma qualidade excepcional, inspirados nos elementos naturais: o sol e a lua. A sensibilidade aguçada de Henzo Maurício — capaz de captar o silêncio da alma — confirma seu talento poético. Em cada verso de seus belos poemas, ele convida o leitor a se transportar para um mundo repleto de percepções e reflexões profundas.


Emanuel Davi Mendonça de Almeida Braga nasceu em 10 de dezembro de 2009, em Ipiaú-Bahia, e atualmente reside no Distrito de Ibitupã-Bahia (Ibicuí).

Seus pais são Danilo de Oliveira Braga e Mônica Mendonça de Almeida. Emanuel Davi, o qual é aluno do 9° ano, afirma: "Gosto de ler alguns livros e jogar videogames".

No futuro, ele cogita cursar faculdade de medicina ou engenharia de computação. Certamente, tem um futuro promissor pela frente. Apesar de estar imerso nas tecnologias modernas, ele também demonstra talento para a poesia, como evidenciado neste livro.


João Mateus Oliveira Barbosa, nasceu na cidade de Itagibá, no dia 25 de abril de 2009, mora em Ibitupã/BA, estuda na Escola João Manoel da Silva e cursa o 9º Ano do Ensino Fundamental e participa do Literatos do Futuro 2024.

João Mateus é extrovertido, um estudante amável e dono de um carisma ímpar, verdadeiro amante da cultura popular nordestina. “Eu sou um menino do campo e amo tudo que é natural e belo”, diz o poeta.

Ela adora vaquejada, tourada, argolinha, ou seja, toda modalidade esportiva que tem o homem, o cavalo e o gado como atração. Segundo, João Mateus, “a vida é uma eterna parceria”.


Ana Cláudia dos Santos reside atualmente em Ibitupã. Nascido no dia 22 de fevereiro de 2010, no Hospital Anita Rodrigues em Ibicuí. No momento, estuda na Escola João Manoel da Silva. É uma das três meninas que integram o grupo de 12 estudantes do 9º Ano da turma de 2024.

Uma curiosidade sobre ela: "Gosto de artes e de escrever sobre diversos assuntos interessantes, coisas que vou pensando ao longo do tempo". Além disso, ela sonha em trabalhar com medicina veterinária, para diminuir o número de animais jogados nas ruas e com doenças.

Dada a sua sensibilidade para com a causa animal e inteligência, em seus poemas, ela tece reflexões sobre temas que nos angustiam como seres humanos, como, por exemplo, o perdão. Ana Santos, como gosta de ser chama, é uma das joias que a escola tem a honra de revelar.


Otávio Reis Santos é o filho de Adélio Costa Santos e Mirélia dos Santos. Tem 14 anos. Nasceu na cidade de Ibicuí, interior da Bahia. Moro em Ibitupã desde quando nasceu. Estudou desde o Infantil até o 5º Ano na escola Emílio G. Médici, hoje, é a Prof.º Ednaldo José. 

O estudante, afirma: "Minha maior paixão é andar de moto". Em poemas sobre temas importantes da vida, como amor, amizade e morte. Ele estuda na Escola João Manoel da Silva no 9º Ano do Ensino Fundamental, tendo participado do Projeto Literatos do Futuro.

É um aluno inteligente, curioso, ou seja, dado às inovações e uma atenta às novas formas tecnológicas.


Raphael Sampaio de Jesus nasceu em Interlagos em 23 de maio de 2008. Vive na Zona Rural de Ibicuí, na Bahia.

Desde criança, ele frequenta as Escolas Municipais de Ibitupã. Embora Raphael Sampaio fosse um paulistano, seu gosto está voltado para a cultura e tradição de sua mãe, Noeme Moreira Sampaio: “Gosto muito de cavalos e vaquejada”, afirma o aluno da Escola Municipal João Manuel da Silva.

Carismático, Raphael Sampaio, traz para nós o tema da superação, a natureza e a reflexão. Ele tem tudo para seguir carreiras ligadas ao campo como, por exemplos, Zootecnia, Veterinária ou/e Agronomia.


João Ricardo Lima Barbosa
, nascido em 14 de dezembro de 2008, é praticante de esportes como o Futebol e o Futsal. Já participou de vários campeonatos de Xadrez, inclusive, foi campeão no Torneio Escolar de Xadrez de 2023.

Ele executa bem o que se propõe a fazer, sendo conhecido como o poeta ‘das palavras sinceras’“A gente tem que ser sincero com as palavras, tratá-las bem e com todo carinho”, costuma enfatizar João Ricardo.

Ele é membro da Liga Brasileira de Xadrez — LBX e tem um bom rating no Clube Ibitupaense de Xadrez. Segundo ele, nas horas vagas, há tempo para os poemas.


BIOGRAFIA DOS ORGANIZADORES

Eliêde Souza Gomes Pereira é professora de Língua Portuguesa, Arte e Redação, nascida em Ibicuí no dia 8 de agosto de 1978. Há muitos anos, ela trabalha nas Escolas Municipais de Ibitupã e foi a criadora do Projeto Literatos do Futuro: "Uma maneira de incentivar os jovens a se aventurarem pelo mundo da literatura", afirma a professora.

Esposa de Adenilton Matos e mãe de Guilherme, Gabriel, Esther e Rothe Gomes Pereira. EM 1996 concluiu o Magistério no Centro Educacional de Dário Meira e Letras pela UNIFTC em 2008. “Um poeta fala o que sente e pensa, é puramente sentimento. Amo essa arte”, declarou a mestra.

Querida pelos alunos, Eliêde Gomes personifica o ideal de educadora, sendo compreensiva e levando em conta a situação social e o contexto local dos estudantes ao realizar suas avaliações, especialmente durante os conselhos de classe.


Leandro Santos da Silva, artisticamente conhecido como Leandro Bahiah, nasceu em 21 de agosto de 1984 na Fazenda Cabocla, no município de Ibicuí/BA, porém seu registro de nascimento consta em Almadina/BA. Foi ator amador e autor de peças teatrais como "As Feministas", "Negritude" e "OS7SUSPEITOS".

Destacou-se também como compositor, com músicas como "Paixões Inconsequentes", "Homem Abandonado" e "Melancolia" em seu repertório. No cinema, escreveu roteiros para os curtas-metragens "Estranho Dia" e "Crime Sagrado", além do longa-metragem "Urbis VI: O Primeiro Julgamento". Poemas e pensamentos de sua autoria podem ser encontrados na internet.

Atualmente, reside em Ibitupã. É graduado em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná (UNOPAR) e pós-graduado em Psicopedagogia pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI).


Maria de Jesus Clímaco Cunha Xavier é uma renomada educadora; reconhecida pela sua didática, inteligência, amor e dedicação à profissão. Filha de Doraci Clímaco Cunha e Altamiranda Cunha, é casada com Marcos Xavier e mãe de Marcello e Maria Luiza.

Nasceu em Jequié, Bahia, no dia 5 de dezembro de 1971. Formou-se em Magistério no Centro Educacional de Itororó, Bahia, em 1989 e em Pedagogia pela FACE em Itagibá, Bahia, em 2008.

Com uma carreira extensa, Maria Clímaco leciona em Ibitupã há muitos anos e dar aulas de História nas Escolas Municipais João Manoel da Silva e Professor Ednaldo José, atuando no Ensino Fundamental I e II. Para professora a essência de ser um educador: “[...] é ser um eterno aprendiz”.


quarta-feira, 21 de agosto de 2024

DE REPENTE QUARENTA!

 

Por Leandro Bahiah | Foto: Arquivo Pessoal.

Não foi de repente, a impressão que dar é que fora passageiro. Na verdade, foram quatro décadas vividas com alegrias, tristezas, lutas, derrotas e vitórias. A vida é o que é — é esse mar revolto, essa constante busca pela sobrevivência. Tinha razão Guimarães Rosa, quando disse que viver é perigoso, todavia, perigoso é não viver, pois, para viver ou sobreviver como queira, requer coragem.

O bom de ter mais idade, é que a gente se acha no direito de dar conselhos aos mais novos, porque já experimentados coisas que eles ainda a de conhecer, de sentir e de decepcionar-se.

Quando nasci, o Brasil ainda era governado por um ditador, a expectativa de vida no País era de 62 anos, a inflação assolava a mãe pátria, pessoas pereciam de tuberculose. Das lutas pela Diretas Já, quando vir ao mundo foi no mesmo ano do: Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Nasci propenso a lutar!

Muitas coisas mudaram, vivemos em uma democracia, apesar de ser ameaçada constantemente, hoje no Brasil, a expectativa de vida é de 75 anos, tuberculose tem cura. Mas as lutas sociais continuam, Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), MST, LGBTQIAPN+, Movimento Negro e tantos outros.

Nesses quarenta anos, ouvi o Brasil ganhar a Copa do Mundo de 1994, sentir na pele os governos neoliberais de Fernando Cardoso: parecia que o Brasil não tinha jeito, o complexo de vira-latas imperava na mente de muitos jornalistas e intelectuais brasileiros. Vi o Brasil ganhar a Copa do Mundo de 2002.

Me deparei por percas dolosas, coisas que todo ser humano se deparará um dia e para tal dor ninguém está preparado, por mais consciente, e espiritualmente evoluído ou religioso que possa ser. A morte continua ser um mistério, não tenho medo da morte, pois, ela é inevitável! Parafraseando Gilberto Gil, eu tenho medo é de morrer.

Aprendi que sempre há espaço para fazer, para aprender, para escrever, reescrever. E nada é fácil, sacrifícios a de fazer para conseguir o que almeja. Cabe refletir: vale a pena? Esse esforço desmedido em buscas de coisas que não te enaltecerá. O bom da vida, é ter opções, as escolhas. Aprendi que somos feitos de escolhas, porém, não se engane — existe momentos que não temos escolhas — cabe ser resiliente.

Sou um animal político, gosto de política, ela está no nosso dia a dia, e a solução fora dela não existe, por isso, não fujo dela. Ela está atrelada a tudo!

E os sonhos? Uns continuam, outros já ficaram pelo caminho, outros surgirão. No entanto, o desejo de acertar é maior do que o medo de fracassar. Outros foram realizados, outros não é para ser realizados, serve apenas como uma lufada de vento numa tarde de sol quente, acalenta a alma e anestesia a mente em meio ao caos social e as guerras pelo mundo afora.

Saber que estou no meio do caminho, talvez no início, quiçá no fim, lembra a questão da finitude, e aí mesmo, reside a minha humanidade. E isso não me assusta, está aí a beleza, viver é perigoso dizia o literário. És alguém que acredita no destino? Ou é daqueles que tem certeza que o destino é a gente que traça?

A beleza da vida não está no poder, está no servir, no aprender, no ensinar, na alegria de ensinar como salientou Rubem Alves. No jogar conversa fora, falar sozinho, ouvir os animais e a natureza e registrar no papel ou na mente, como fez o poeta, Manoel de Barros. No esclarecer, no rezar em comunhão ou no torcer pelo irmão e irmã, no ajudar uma pessoa na hora da precisão sem olhar a quem.

Sou um homem latino-americano sem dinheiro no banco, como diria Belchior, brasileiro nato sonhando numa América do Sul cortada pela linha do Equador — onde não existe pecado. Onde o maior crime é a omissão dos esclarecidos frente as armadilhas daqueles que ver nos oprimidos apenas massa de manobra, objetos, algo descartável e que serve de força braçal. Inimigos!

Esforços, empreendi. Ajuda? Tive. Amigos, amigas, parentes, colegas tenho sempre comigo. Pessoas que fizeram minha vida ter sentido, e mais quer isso, ter significados e que faz-me sentir vontade de viver: seja numa conversa trivial, tomando um vinho, confabulando coisas boas. 

Gratidão tenho, eu sei para quem rezar, e sei a quem pedir — isso é crucial na vida. Acredite!

Ingratidão — é uma criatura feia e saciada — espero que ela nunca me seduza.

Enquanto a inteligência artificial impera, a tecnologia avança, e a liquidez do mundo moderno nos assombra, pois, o mediatismo é concreto, onde tudo se torna descartável e a imbecilidade nos provoca a cada instante. Aqui estou, acreditando nas virtudes, jogando xadrez, lendo bula de remédio (normal para idade), rezando e observando o caos, contudo, pronto para ação!

Alegre por vencer mais um dia, por ri, livre de enfermidades — e que por alguns instantes me faz sentir imortal e independente. Só por alguns instantes.

Não reclame da vida! E quem disse que não posso reclamar? Quando apago uma vela, é mais um ano de vida que se foi. Se foi com aprendizado, com irmãos ajudados, com afetividade criada entre pessoas que direta e indiretamente afetei — espero que positivamente. Aos feridos, perdão!

O que você deixará? Herança: risos, personagens, a lutar por um lugar melhor, onde os diretos não sejam usurpados e que a dignidade seja primordial. E que a fome seja saciada em cada lugar do mundo. Amém!

Venha o que tem por vir — sem ansiedade — seja como as águas inquietas do rio Novo que pede socorro, todavia, passam não tomando conhecimento dos obstáculos. O tempo passa depressa!

Desejo que todos tenha vontade de estudar, de aprender, de amar, independente desse sentimento de escassez, dessa volatilidade que hoje é desejada e essencial, amanhã, é ultrapassado e inútil. 

Será que estes estudantes inconscientemente têm razão?, pensei, talvez estejamos preparando-os para empregos que futuramente nem existirá. Bem, esse é um papo para outra ocasião.

As palavras de carinho, as felicitações sinceras e as homenagens.

Grato!